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Crônica - O dia das Mulheres Africanas _ Manoel Messias Pereira

 






Dia das Mulheres Africana

Hoje dia 31 de julho é o dia da Mulher Africana, portanto essa data me faz recordar não apenas as mulheres que estão naquele marco geográfico continental entre os mais de cinquentas países por ali traçados, mas sim em todas as mulheres africanas e da diásporas africanas que estão pelo mundo.

Essa foi uma data surgida na Conferência das Mulheres africanas ocorrida em Dar-És-Salaam na Tanzânia, em 1962, em que criou-se o dia a ser comemorado em todo o dia 31 de julho de cada ano, mas também foi criada a Organização Panafricana das Mulheres, cuja a meta naquela oportunidade estava em quatro eixos, 1) era a reconstrução da África, 2)A Luta contra o HIV, 3)O processo Educacional e 4) O processo para assegurar a Paz e a Democracia. Nesta conferencia houve quatorze países representados e mais oito movimentos de libertação nacional.

E o ideal era a luta para atender aos reclamos e anseios destas mulheres que eram discriminadas na sua pátria e no seu continente, embora houve avanços no Século XX, e que merece ser ampliados no Século XXI. Porém esses problemas no final do século XX, ainda era como uma pedra no mio do caminho destas mulheres, e numa rápida lembrança recordo que em 1997 ainda no governo de Arap Moi no Quênia, as professora em torno de 200 mil entravam em greve  exigindo melhores salários, enquanto sobre elas o presidente aumentava a politica repressiva, e no mesmo momento da história, em Gana as mulheres lutavam contra a escravidão feminina com o tal "trokosi" a tradição do fundo econômico-religioso. era uma pratica que consistia de confinar adolescentes em santuários sobre a guardas de religiosos para que elas paguem assim pelos pecados ancestrais, e esses confinamentos eram na verdade uma escravidão perpétua e as jovens acabavam defloradas por seus guardiões e tendo seguidos filhos. E em julho de 1997, foram libertadas aproximadamente 35 mulheres que viviam num destes santuários em Dada, nos arredores da capital Accra. Uma destas mulheres a Sra. Mary Osabukor Osabutery contou que fora confinadas para expiar um parente que nem ela conhecia, o resultado só saiu de lá com seis filhos e somente depois disto eé que conseguiu colocar as crianças na escola. Essas mulheres todas precisaram receber ajudas humanitárias dos grupos de direitos Humanos. Outros problemas por exemplo é da mutilação genital femininas uma violência que passou todo o século XX e somente agora no Século XXI, essas mulheres conseguem finalmente resolver, e um prática machista em que esta presente em 29 países, e agora em 2012 na Assembleia Geral das Nações Unidas, votou-se para a sua abolição pois isto viola o corpo da mulher assim como viola a declaração Universal dos Direitos Humanos.

No Sudão no final do Século XX surgiu uma luz a juíza Haji Amar, na cidade de Wau, como uma maneira de envolver mais mulheres no sistema decisório local. O chefe Akol Toit disse que a participação feminina é um dever da atualidade. A luta pela justiça na sociedade não é somente tarefa de homens. E também as mulheres que tem experiências na resolução de problemas comunitários além de um senso de justiça. A juíza estabeleceu que os estupradores precisam serem punidos e as meninas não precisam serem obrigadas a casar forçadas.

Embora esse dia seja de cumprimentos de formalidades, e neste contexto eu também sei que os problemas precisam serem resolvidos para que esses cumprimentos possam na verdade exprimir a serenidade que todas essas mulheres merecem.

Quando afirmo tenho também os olhos nas mulheres negras da diáspora, portanto sei das dores destas mães, irmãs esposas africanas porém sei que com o processo escravocrata do período de desenvolvimento capitalista e, que trouxe para a América e para outras partes do mundo um contingentes significativo de corpos humanos com vidas e outros que perderam a vida e foram jogados ao mar. Porém os que chegaram vivos e entre eles os das mulheres, chegaram também filosofias, pensamentos, especialidades, histórias, educação e com certeza saudades.

 E deste processo de educação tivemos luzes brilhando em todo o mundo. São filhos negros que nasceram para serem muito além de mão de obra, mas seres pensantes, filosóficos e que merecem o pleno respeito. e é respeitando os filhos destas mulheres que elas também sentem-se respeitadas e todas as suas dignidades.

Aqui recebi  um livro de Sobunfo Somé, e que tens o título de "O Espírito da Intimidade" e neste livro deparei com a seguinte frase "O elemento terra é responsável por nosso sentido de identidade, nosso pé no chão e nossa habilidade de apoiar e nutrir uns aos outros. A água é a Paz, concentração, sabedoria e reconciliação. Assim como o fogo relaciona-se com o sonhar, manter a conexão com o ser e os ancestrais mantendo a nossa visão viva."

 Assim entendi, que ao retirar alguém de sua terra, essa pessoa traz de lá a habilidade, se tiraram o chão que ela só pode encontrar por aqui, onde parou. Ao lançar ao mar ela trouxe a paz a concentração, e toda a sabedoria africana, que floresce por aqui. E por aqui passamos a sonhar e ter a nossa visão viva, do mundo que desejamos e queremos, na paz contida, na fé inabalada, por um mundo melhor. Aprendemos desde cedo o continente africano é a mãe África de toda a civilização do Mundo. Sejamos obediente a ela num profundo respeito e regozijo a todas as mulheres africanas. Que com certeza merece o nosso abraço, nosso aperto de mãos e a consciência mágica do riso alegre das crianças.

Manoel Messias Pereira

professor de história
São José do Rio Preto- SP. Brasil








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