história - A narrativa sobre a Coluna Prestes - Manoel Messias Pereira

 


A narrativa sobre a Coluna Prestes 


Em 29 de abril de 1925 teve inicio a Marcha da Coluna Prestes, após a junção da jovem oficialidade, unindo tenetes de São paulo e do Rio Grande do Sul, liderados por Luís Carlos Prestes percorreram entre 1925 a 1927 todo o interior do Brasil denunciando os desmandos dos governos republicanos Arthur Bernardes e de Washington Luís.

A Coluna simbolizou o ápice do movimento tenentista o ponto culminante da luta armada da jovem oficalidade do Exército brasileiro. Era comandada pelo general Miguel Costa, estando a chefia de seu Estado Maior nas mão do coronel Luis carlos Prestes. Durante todo o tempo de sua duração, a Coluna enfrentou sem perder uma batalha sequer, tropas regulares do Exército, milicias estaduais e grupos armados de jagunços e cangaceiros a serviços dos coroneis que como donos doe latifundios, temiam a vitória dos rebeldes.

Do ponto de vista ideológico a plataforma revolucionaria dos tenentes da Coluna preste mostrava que eles tinham uma visão mais profunda da realidade brasileira e dos problemas da terra e das gentes com quem mantinham contatos na sua longa caminhada pelos sertões do Brasil.

Um dos objetivos da Coluna que marchou aproximadamente 25.000 quilometros de Sul a Norte, era conscientizar a população, esclarecê-la sobre as instituições oligárquicas que a esmagam.

Contudo, Luís Carlos Prestes e seus homens não conseguiram concretizar o sonho de conscientização política das massas interioranas que ficou apática à Luta da Coluna para conquistar a liberdade das camadas populares sertanejas. E a adesão popular foi mínima.

Em fevereiro de 1927 um grupo de seiscentos homens esgotados e sem apoio, sem munição e armas para proseeguir lutando, e consciente do fracasso do seu movimento, refugiou-se na bolívia. Era o fim da Coluna Prestes. Porém não era o fim do tenentismo. Como escreveu Caio Prado Junior "... no estrangeiro, os exilados da Coluna Prestes conservavam intacto o ideal revolucionário: e dentro do país, em grande parte devido a sua atuação e a seu exemplo, a agitação continuava a fermentar surdamente. Apesar da suspensão temporária de hostilidades abertas, a revolução brasileira marchava para adiante."

Essa marcha que teve início em 29 de abril entrou no Mato Grosso no dia 30 de abril de 1925. Ocupou o Patrimônio de Dourados e, depois de dois ou tres dias, Porto Felicidade e Campanario. E a 11 de maio establece-se o QG em Ponta Porã. Até ai os combates vinham sendo travados contra cobertura de forças legalistas, sempre batidas e em retraimento. Marchando para o norte, traçando para o norte o destacamento cruzaram a ferrovia da Noroeste e logo depois em 10 de junho, reuniram-se na cabeceira do rio Camapuã. Quando estabeleceram a reorganização da Coluna. Enfrentavam agora o destacamento governista bem dotados de efetivos e suprimentos inclusive meio de transportes. Tratava de manobrar com base no movimento travando combate apenas quando em condições favoráveis e sempre se valendo disto para conseguir armamento e munições. A travessia do Mato Grosso da Serra do maracaju, na froteira com o Paraguai, a Serra de Santa Marta, na divisa de Goiás, foi feita em cinquenta e três dias.

Em Goiás a Coluna deslcou-se para o norte no divisor entre Tocantins e o Araguaia. Na altura do paralelo 15 Infletiu para o Leste, entrando em Minas , devassando o seu território até as barrancas do São Francisco, passando por Carinhanha e através de trecho deserto da Bahia, regressando a Goias, para atingir em 28 de outubro, Porto Nacional. Em novembro, a Coluna entrou no Maranhão e cortou esse estado de oeste para leste, até Flores, diante de Teresina. De São Luis, no Rio Grande do Sul, a Carolina no maranhão, a coluna percorreu 1.130 léguas.

Depois de ameaçar Teresina, as forças de Prestes atingiram o Triunfo em Pernambuco, a 11 de fevereiro de 1926, cobrindo 207 légas em trinta e três dias. No dia 20 na vila do Riachão, prestes foi promovido a General. O Piaui fora atravessado, de Floriano a Natal. A26, a Vanguarda penetrou no Ceará e nesse Estado marchou 75 léguas. A 3 de março era atingida a divisa do Rio Grande do Norte; a5, depois de percorrer 12 léguas nesse Estado, chegava à divisa com a Paraíba, cortando o Estado, paraa tingir pernambuco, na região da Serra da Barriga Verde, depois percorrer 55 léguas na Paraíba, A 24, a coluna transpunha o São Francisco e entrava na Bahia, depois de rápida manobras: Descreveu, assim, um arco de 23 léguas através das caatingas, por veredas terríveis, com atoleiros quase intrasnponíveis, acossados por uma chuva torrencial  e fazendo marcha noturnas, com etapas diaárias de tr~es léguas.  . . A coluna entrara no Maranhão novembro de 1925, com cerca de 900 homens e chegava a Bahia já com 1200 homens e transpos a chapada de diamantina 19 de abril de 1926, entrou em Minas com manobras destinada a atrair as forças adversárias e permitir o retorno a Bahia.. Era a manobra que celebrizou  como laço húngaro, que desmandou mais de 100 léguas de marcha. A 27 de abril na fazenda Umbuzeiro, a Coluna comemorou um ano sobre a transposição do Rio Paraná em Porto Adela.

Em maio a coluna entrava em Lavras Diamantinas. Para abandonar a região, infestada de forças irregulares que acossavam a Coluna, a tropilha de jagunços do latifundio, Prestes preferiu passar à margem esquerda do Rio São Francisco. Prelimirnamente, era preciso fazer  com que aquelas forças deixassem as margens  e os acessos ao grande rio, foi manobra descrevendo grande curvas de 245 léguas de marcha que demandou 32 dias consumindo todo o m~es de junho, e repetindo o laço hungaro.  E na tarde de 2 de julho, a Coluna preparou a transposição do Rio São Francisco entrando novamente em Pernambuco. A Bahia foi invadida em fins de fevereiro e as operações neste Estado consumiram 4 meses enfrentando forças calculadas com mais de 30.000 homens e perdendo pouco mais de 2000. A 11 a coluna estava novamente no Paiui e um m~es depois regressava a Bahia na região Buritizal e a 19 de agosto penetrava em Goias transpondo a zona do Jalapão e na segunda quinzena na região das chapadas dos Veadeiros. a 1 de outubro , um desses destacamentos fez uma demonstração, ameaçando o Triangulo Mineiro e o grosso da coluna passou para o Mato Grosso. E no dia 22 reuniram-se em coxim. com um efetivo de 600 homens praticamente desarmado e desmuniciados. Houve a consulta ao marechal Isidoro Dias Lopes , no exílio relatando a situação e sugerindo opções. Os elementos designados para a missão seriam escoltados por um piquete de 30 combatentes escolhidos, que assegurariam condições para atravessar até a fronteira paraguaia e passar a à Argentina. O destacamento comandado por Siqueira Campos cobertura aquela reduzida tropa. A coluna dividiu-se em Mato Grosso do Sul e Goias. E depois de em 3 de fevereiro de 1927 chegaram a Bolívia. E isto é apenas um fragmento do que narrou o general Dr. Nelson Werneck Sodré.

E eu contei com uma narrativa feita num livro na época que era estudante, e que está escrita num caderno, parte deste material eu narrei num trabalho que tirei nota 10 na aula de geografia na história com o professor e camarada Pina. Que na verdade era um grande copilado além de matérias que extrai da antiga revista Caderno do terceiro mundo e algumas outras informações do livro de Fernando de Morais. Logicamente que esse é somente um artigo, para mostrar um pouco desde sofrimento e de luta para a conscientização social e política da marcha histórica da Coluna Prestes.


Manoel Messias Pereira

professor de história 

Membro da Associação Brasileira de jornalista

membro do Coletivo Negro Minervino de Oliveira.



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