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Crônica - Dia da Terra Palestina - Manoel Messias Pereira



 Dia da Terra Palestina


Sempre observei as datas históricas e todos os dias lembro-me disto, e desde a minha pratica em sala de aula, até mesmos os dias atuais. E vejo no dia 30 de março um dia de sempre lembrar da Palestina. E mostro que eventos deste dia merece ser comentado. E farei isto de maneira cronológica.

O primeiro deste 30 de março éde 1976 dia esse quando surgiuram os primeiros protestos do dia da terra realizado na Palestina.

O segundo episódio também foi de 30de março porém no ano de 2011, quando foi lançado na Palestina a Campanha Internacional para bloquear as atividades do Fundo Nacional Judeu, criado desde 1901 coma finalidade de comprar terras na áreas do antigo mandato britânico da Palestina e usá-las exclusivamente para assentamento de judeus. E desde 1976 teve inicio os protestos pelo Dia da Terra.

E o terceiro fato, foi o dia 30 de março de 2018 quando Israel matou 16 (dezesseis ativistas palestinos)em Gaza no início dos protestos que iria durar seis semanas na chamada Marcha do retorno, quando cem mil pessoas caminharam próximo a fronteira de Israel para reivindicar seus direitos de retorno a terra palestina nos outro pontos geográficos.

Eu tenho recordação de um amigo que já faz uns cinco anos que não nos vemos ele sempre contava que quando casou-se na Palestina,veio visitar e passear no Brasil. E depois disto nunca mais conseguiu retornar, tem parentes lá mas quando tenta embarcar, na hora do visto, as autoridades informa-o que ele já não tem mais residência naquele País. E ele diz -me  quase chorando, sempre quando vou poder retornar o meu lar? E sempre digo esquece agora o seu lar é no Brasil.

Recordo que desde 2022, no dia 1 de abril, os ministros da relações exteriores da Conferência Islâmica denunciaram que Israel está jogando todo o Oriente Médio numa guerra. E essa denuncia foi feita quando todos estavam reunidos na Malásia, na cidade de Kuala Lumpur. Na oportunidade solicitaram as Nações Unidas proteção ao povo palestino, exortando o Conselho de Segurança a intervir quanto antes no conflito.

Na época acreditava-se que essa reunião poderia servir de termômetro para avaliar a repercussão em toda a área do Oriente Médio, norte da África e Ásia, assim como nos dramáticos acontecimentos de Cisjordânia e Faixa de Gaza.

A Conferencia Islâmica ainda exigiu que o Conselho de Segurança da ONU obrigasse Israel a de se retirar dos territórios palestinos, submetendo as resoluções internacionais. E o secretário geral da conferencia xeque Abdul Wahid Belkazir, tinha denuncia do que as práticas desumanas não pode e não deve ficar impunes. Reiterando aos palestinos o se direito a seu estado Independente como Jerusalém.

Nas últimas deste 30 de março de 2023 vimos pela imprensa que o Ministro Benjamim Netanyahu, deseja colocar mais armas nas mãos dos civis. Enquanto especialistas dizem que se isso ocorrer dobrará o número de assassinatos. Enquanto o ministro de Segurança de Israel Itamar Ber Gvir prometeu acelerar drasticamente a emissão de licenças do porte de armas. E se observar que no ano passado já haviam dobrado o numero de armas para civis.

Porém Netanyahu, quer um outro judiciário sem poder , o que o presidente estadunidense Joe Biden pediu cautela esperando que ele abandonasse essa ideia. Porém a resposta foi de que Israel é um pais independente soberano. E que fará o que o povo quer. Povo neste caso devemos entender a elite não o povo trabalhador que é vitima do estado de extrema direita e fascista.

Enquanto isto no dia 26 de março de 2023 pela globo ficamos ciente de que o outro ministro da defesa anterior foi demitido. Enquanto que o povo vai as ruas e caos instalando-se. E a onda de extrema direita de desrespeito e o uso  extremado de forças contra o povo palestino segue de forma triste.

E no dia 30 de março de 2023, o dia da Terra foi comemorado na Federação Árabe Palestina do Brasil -FEPAL no auditório do Sinpro-Sindicato Professores em Brasília na SCC Quadra 6 , quando foi apresentado uma exposição do reporter fotográfico Christian Rizzi e o trabalho de video chamado "fragmento de uma história" de Marcelo Greire, Waldison Almeida, Jean Carlos e Christian Rizzi.

Em 20 de fevereiro de 2024, o presidente Luís Inácio Lula da Silva, fez uma comparação da iolência empregada pelo Estado de Israel, que matou mulheres e crianças, atacou hospitais, fez crimes de guerras, matou funcionários da ONU, foi essa violencia contra alvos civis, estabeleceu corte de energia eletrica, corte de alimento, corte de água, como um Holocausto. Uma fala que iniciou um debate pelo mundo, na imprensa, na diplomacia e nos gestores dos países. Mas ao meu ver essa fala está amparada, quando lemos o livro chamado "Apartheid de Israel" escrito por Nathaniel Braia da editora Alfa-Omega, um livro que fala do racismo, do agressão e da usurpação dos espaços como foco do conflito atual. e na página 116 temos um texto intitulado "A Industria do Holocausto" que é uma representação ideológica do holocausto nazista como é a maioria das ideologia e tem conexão embora tênue com a realidade. O Holocausto não é uma arbitrariedade, mas uma construção internamente coerente e seus dogmas centrais sustentam interesses politicos e de classes.

O escritor israelense Boaz Evron fala do despertar do holocausto como uma doutrina oficial de propaganda, um martelar de slogan e de falsa visão de mundo, cujo o objetivo real não é entender o passado, mas manipular o presente.

Diante desta circunstância atual eu recorro na minha simplicidade, na minha lembrança e descubro uma fala feita por Fernando Henrique Cardoso quando do Conclat, na época que ele era apenas um Senador da Republica ele disse "Sou contra todo  e qualquer violência. Na minha opinião nada justifica uma ação de um país sobre o outro que conduza a destruição ao estilo fascista. A defesa dos direitos humanos é um dever de todo o cidadão, em qualquer tempo circunstância" .E uma outra fala do camaradado PCB o Tenorinho como carinhosamente falávamos ele que chamava Luiz Tenório de Lima, ele dizia que a luta pela paz é de todos.

  Embora Fernando Henrique Cardoso pediu  num certo momento de sua vida para esquecer tudo que ele disse  e escreveu  acho difícil  um bom aluno apagar da memória e do seu íntimo, a lição consciente de um professor.  Embora parece que ele como um professor ao meu ver  não professorou a sua cátedra de forma responsável. Mas isso é ele com a consciência dele que talvez precisa se ver num espelho.


Manoel Messias Pereira

professor de história e poeta

Membro do Coletivo Negro Minervino de Oliveira

São José do Rio Preto -SP.





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