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Crônica - A Consciência Revolucionária segundo Ernesto Chê Guevara - Manoel Messias Pereira




A Consciência Revolucionária segundo Ernesto Chê Guevara


Toda vez que termina o ano como aliás encerrou-se o ano de 2023 neste dia 31 de dezembro e teve início o ano de 2024, em que vemos muita gente abraçando-se, desejando felicidade, paz ao seu próximo. Eu fico pensando nas datas e sempre encontro-me com a história de Cuba. Óbvio de forma fragmentada, mas um importante momento pra pensar nisto. Pois foi no dia 31 de dezembro de 1958 que Fugencio Batista fugiu de Cuba e Fidel Castro e Chê Guevara tomam a capital Havana. Mas a data do dia 1 de janeiro de 1959 lembra que triunfou a Revolução cubana. E outra data de ste dia 1 de janeiro de 1966 ocorreu a Conferencia Tricontinental dos partidos comunistas.

Sei que essas datas são fragmentos de uma grande história construiída naquele país, que passou a orientar-se pelas ideias socialistas e a busca do marismo lenininsmo. Não quero julgar se estão corretos ou não não quero também discutir se a linha adotada cumpre os pensares de karl Marx e de Vladimir Ilitch Ulianov, mas o que sei é que cada povo tem a liberdade de fazer a sua história e faz assim conforme a autodeterminaçõa dos povos.

O proprio Ernesto Che Guevara dizia "Tudo é poarte de uma única luta. Só cabem duas posições na história: ou se está a favor dos monopólios ou se está contra. Todos, que lutamos pela libertação de nosso povo lutamos, ao mesmo tempo, embora não o saíbamos, para aniquilar o imperialismo."

E em relação a esse tal imperialismo, eu me recordo o  de Chê  no discurso em Argel, em que Ernesto chê Guevara disse: " Cuba participa desta conferência primeiro para fazer escutar nela a voz dos povos da América, mas também na qualidade de país subdesenvolvido, que ao mesmo tempo constroi o socialismo.

Não é por acaso permitido à nossa representação emitir a sua opinião entre os povos da África e Ásia. Uma aspiração comum nos une em nossa marcha para o futuro: a derrota do imperialismo. Ou seja um assado comum de luta contra o mesmo inimigo nos uniu ao longo do caminho.

A luta contra o imperialismo, a fim de romper os laços coloniais e neocoloniais, seja feita com armas políticas, armas reais ou com as duas ao mesmo tempo, não deixa de ter ligações contra o atraso e a miséria. Ambas são etapas da mesma estrada que conduz a criação de uma sociedade nova, simultaneamente rica e justa.

A tomada de poder e a liquidação das classes opressoras constituem um imperativo, mas a seguir preciso enfrentar a segunda etapa, cuja as características são ainda mais dificeis, se possivel for , que as da primeira.

Desde que os capitais monopolistas se apoderaram do mundo eles mantem na miséria maior parte da humanidade e divide todos os lucros no interior dos países mais poderosos. Os níveis de vida destes países repousam sobre a miséria dos nossos. Para elevar o nível de vida dos povos subdesenvolvidos, é preciso então lutar contra o imperialismo. Cada vez que um país se separa da árvore imperialista, não se trata somente de uma batalha parcial ganha contra o inimigo principal é também a contribuição para seu debilitamento real e um passo a mais para a vitória final.

Não existe fronteiras nesta luta de morte. Não podemos ficar indiferentes diante do que se passa noutra partes do mundo, porque todas as vitorias sobre o imperialismo é uma vitória para nós, da mesma maneira que uma derrota para nós. A pratica do internacionalismo proletario não é somente um dever para os povos, que lutam por um futuro melhor, é também uma necessidade de uma aliança entre os povos subdesenvolvidos e os países socialistas. Se não existisse outro fator bastaria a do inimigo comum."

Porém ele proprio sabia que essa união não poderia existir sem a discussão, e amuitas vezes elas tem de nascer de forma dolorosa. e cada vez que um país se liberta é uma derrota para o sistema imperiaista mundial. Hoje essa discussão está bem mais dificil, temos grande parte dos países aliando -se a neoliberalismo recorrendo ao Funod Monetário Internacional e isto me faaz lemvrar o camarada Julius Nyerere, marxista e que foi presidente da Tãnzania dizia ele essa é ajuda que mais atrapalha do que ajuda.

Entre a biografia de Ernesto Che Guevara recordo que em 1965 entre os dias 2 a 7 de janeiro ele visitava países da África como a Republica Popular do Congo porém atualmente a República Democrática do Congo. E entre os dias 8 a 14 de janeiro de 1965 ele esteve em Guiné e de 14 a 22 de janeiro em Daomé no Benin, e de 12 a 18 de fevereiro ele esteve na Tanzania, depois entre o dia 24 de fevereiro de 1965 ele esteve no II Seminário Econômico da Organização de solidariedade Afro-asiática na argélia e depois em março de 3 a 12 de 1965 esteve na Republica árabes Unidas. e depois voltou para Cuba. Depois em abril de 1965 ele retoma as visitas e aos encontros  foi a Kimbanda junto a lago da Tangânica.

E em outubro no dia 3 de 1965 durante a instalação do Comitê Central do Partido Comunista Cubano em Havana . Fidel Castro lê uma carta de Chê despedindo do povo cubano. Che agora estava no Congo.

Essa informação nos leva a ter subsídios para tratar do fragamento de fatos do dia 1 de janeiro de 1966 quando da realização da Conferencia Tricontinental. E quando nesta época pelo relatório da Cia que já virou livro Ernesto che Guevara chegava a Bolívia, e segundo consta o PCB, não tinhaconhecimento das sua chegada e nem conhecimento dos seus objetivos.

  Porém o secretário político Mario Monje foi encontrar com ele no acampamento de Nancahuazu em 31 de dezembro de 1966, portanto no fianl deste ano. quando Che solicitou do Partido local aà adesão a guerrilha. E afirmou que a sua pátria era toda a Ámérica Latina. e que estava pronto pra lutar em qualquer ponto do continente para a construção do socialismo.

E após longas reflexões Guevara chegara conclusão de que a Bolívia oferecia boas condições para a luta. e por vários motivos, as péssimas condições economicas dos trabalhadores, a dura exploração impostas pelos estrangeiros o espírito de luta da população e a fragilidade das forças reacionárias e da incapacidade do governo e da instabilidade política.

O que eu acredito foi que não se pode substimar o imperialista, assim como pensamos no socialismo na sua internacionalidade e preciso observar que o capital também tem a sua estratégia global. Além do mais a ideia de que o PCB boliviano deveria organizar as forças revolucionarias não foi bem acordado e Che deixou ao acampamento e desligou e isto num dia 1 de janeiro de 1967. 

Outra informação é que em 21 de julho de 1966 chegava de San Caiguanabo grupo de guerrilheiros que ficaria na Bolívia.

Porém o importante da luta e a importância das reflexões de Sierra Maestra, de Fidel e Che estão hoje apresentadas num livro cujo Emir Sader apresenta com introdução  de Heinz Dieterich e Paco TaiboII da Edicção Oficina Rio de Janeiro 1997.

Por outro lado li uma reportagem que dizia de Cuba discutindo um tema como o problema migratório do mundo além da forma de superação da crise na Ilha . E são essas importantes contribuições que entendo quando Ernesto Guevara fala do comunismo que deve ser  também uma moral revolucionária. e ele afirmou que  mudar todas as estruturas  implica numa luta extraordinariamente dolorosa e longa para vencer  tais dificuldades. 

Porém não podemos esquecer que ele mesmo disse que o marxismo é o unico e a respeito dele pode haver divergência quanto a aplicação da doutrina nos diversos países, porém quanto a essa divergencia nós queremos discutir as portas fechadas, no interior do universo da familia comunista, para evitar por todos os meios ao nosso alcance, de que qualquer maneira que uma posição determinada possa exasperar o conflito e provocar uma cisão. 

Há um fragmento de reportagem em que Chê afirmou lutar contra a miséria, mas lutamos ao mesmo tempo contra a alienação e um dos objetivos do marxismo é eliminar os interesses no fator "interesses individuais e  o lucro das motivações psicológicas. Marx preocupava-se tanto com os fatores econômicos quanto a sua repercussão no espirito. E isto é o fato de consciencia. O comunismo poderá ser um metodo de distribuição mas se desinteressar do fato de consciencia, deixara de ser revolucionário. 

O camarada Ernesto Guevara de la Serna, conhecido comoChê Guevara, foi um revolucionário marxista nascido em 14 de junho de 1928 em Rosário-Argentina e faleceu em 9 de outubro de 1967, assassinado em Higuera -Bolivia. Deixou os seguintes filhsos Aleida, Camilo, Celia, Hilda e Ernesto.


Manoel Messias Pereira

professor e poeta brasileiro

São José do Rio Preto -SP. Brasil





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