Victor Jara - com distinção e respeito
Eu nunca sei se a justiça tarda, ou se ela apenas demora a chegar recordo que em 16 de setembro de 1973, quando na América Latina cumpria-se a Operação Condor, atendendo aos anseios de Washington, sequestravam, torturavam e matavam o cantor e compositor, Victor Jara, que também era teatrólogo, poeta e professor.
Para mim Victor Lidio Martinez Jara, sempre foi um revolucionário ele que nascera no dia 28 de setembro de 1932, e foi sequestrado e mortos, pelos militares, Raul Jofré, Edwin Dimter, Nelson Haase, Ernesto Belhke, Juan Jara, Hernand Chacon que juntamente com Rolando Melo, foram condenados de 8 a 25 anos de prisão.
O caso de Victor jara assim como de Litré Quiroga representa uma parte da memória siginificativa desta angustia tanto da familia quanto dos defensores publicos.
Porém ontem vi que o Supremo Tribunal do Chile decidiu condenar os sete envolvidos na morte do cantor, portanto cinquenta anos depois. Porém lá a justiça senteciaram e chamaram a responsabilização aos envolvidos no golpe promovido pelos Estados Unidos da América que assassinou o presidente Salvador Allende e privilegiou o Pinochet. Que era um golpista e sanguinário.
Diante disto fico sempre imaginando o Brasil, que não teve essa hombridade e deixaram de condenar os golpistas de 1964, enquanto sabemos que muitos brasileiros desapareceram, sendo eles religiosos, professores, advogados, médicos, musicos, economistas e todos que defendiam o marxismo leninismo.
Mas ontem quando saiu a sentença e foram buscar o envolvido Hernán Chacon Soto, que recebera a pena de 25 anos de prisão pelos assassinatos de Victor Jara e Littlé Quiroga que era diretor da agendamaria do governo de Allende. Ou seja quando chegaram os agentes da Brigada dos Direitos Humanos da Policia Investigativa na sua casa na comuna de las Condes onde deveria ser transferido para o presidio, encontraram o morto.
Soto possuia conhecimentos táticos e da inteligencia o que permitiu intervir direto no desenvolvimento nos interrogatórios nos vestiários do Estado do Chile bem como no processo classificatórios dos detidos na estrutura do comando existente.
Porém ele foi covarde, um torturador canalha que usou da máquina do estado para praticar o crime mais violento possível contra a vida humana. E hoje no dia 30 de agosto de 2023 cinquenta anos depois sei que a figura deste estrume não pode deve virar esterco, pois creio que a história vai esquece-lo, como bem merece.
E devemos sim destacar e lembrar sempre da obra artística, e da figura revolucionaria de Victor Jara, com distinção e respeito.
Eu nunca sei se a justiça tarda ou se ela demora a chegar, o que sei quando na América Latina se cumpria a Operação Condor, sequestraram e mataram Victor Jara e Littlé Quiroga. E a sentença durou 50 anos pra sair, mas saiu, condenando os militares responsável.
Manoel Messias Pereira
professor de história, poeta e jornalista
São José do Rio Preto -SP. Brasil
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