Pular para o conteúdo principal

Crônica - Estar com você - Manoel Messias Pereira

 

The bookworm ca (1850/60) Carl Sptzweg




Estar com você


Com você começarei um novo mundo. Farei muitas anotações antes. Quero a destruição completa da arquitetura de ilusão que construiu a partir dos teus dogmas e ideologias weberianas. E a partir do controle que o estado teve que fazer para controlar toda a população uma vez que ele "estado" foi praticamente incompetente em atender todas as reivindicações do povo.

 Ou seja se não atende reprime, controla. Por isto razão o importante é a destruição de todos os ensaios destas revoluções burguesas, que implementou essa ditadura da burguesia, que fizeram conflitos, guerras, assassinatos, derrubaram mitos, fogueiras santas, mataram gente em Praça pública. E ainda hoje há milagreiros a vendedores de milagres nas mídias televisivas em nome de Jesus Cristo. Ou seja há um mercado instalado e que teve inicio com Judas Iscariotes, que necessitou receber alguns vinténs pra vender o próprio Cristo e usou o beijo para propagar o processo comercial da traição.

Ainda hoje ao olhar uma Igreja cristã fico conversando comigo mesmo. Eles fazem o sinal da cruz, colocando a mão sobre a fronte e sobre os olhos para afastar aquele que pretende ou pretenderia aniquilar os cristãos. É ele o Demônio. Uma peça ficcional interessante, pois quando chego a conclusão de que ele não existe. Ou melhor é uma construção do pensamento meramente idealista para estabelecer uma metafísica certamente mercantil. Ou seja o importante é o mercado. O mercado religioso fatura alto e as Igrejas recebem terrenos das prefeituras, não pagam impostos e já informações de pessoas que estabelecem-se em outros países, exploram outros povos que também é vítima do sistema capitalista. Ou seja o sistema que mantém governos que apenas tem os olhos voltados pra desgraçar o cidadão. Com péssimos serviços públicos, seja na educação, na saúde. Mas o mercado enfim tem na sua construção, a transformação da matéria prima em produtos. E estes são colocados numa relação chamada de mercador que procura na relação o consumidor.

Que em tese o consumidor só compraria o que necessitaria para viver, mas isto só em tese. Pois o mercador com a transformação do sistema capitalista, em capitalismo monopolista, teve a indústria elaborando produtos em larga escala, e com duração controlada, com qualidades precárias, que permite manter o comércio sempre ativo. Ou seja constrói produtos pra estragar logo. E por tanto pra mudar o pensar do consumidor, contratam -se nas organizações mercantis o marketing, com a intenção de iludir, pegar pela emoção, pelo bombardeamento de slogan propagandista.

Com a intenção de fazer o consumidor comprar. O Cristianismo do período antigo, do período medieval, do Período moderno e contemporâneo, tem muita diferenças, há muitas mudanças, ritualísticas, a multiplicações de congregações e elas estão sempre moldando ao mercado e as novas tecnologias. Por isto que quando estiver com você começarei um novo mundo. É preciso anotar tudo antes. Pois há coisas pra serem derrubadas na arquitetura desta ilusão construída, a partir dos dogmas, e dos ensaios políticos sociais, que estabeleceram guerras, escravidões, violências, roubos, corrupções.

Estes valores consolidados cristalizados esses ensaios macabros temos que destruir. E diante destes cenários, temos que rir, pois confiante temos que construir um espaço de felicidade, sem as dores que os sistemas capitalistas e religiosos já proporcionaram ao mundo. Pra certificar disto basta ver tantos mártires que existem no mundo e tantos outros esquecidos.


Manoel Messias Pereira professor,

São José do Rio Preto -SP.







Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

poesia - O mito em desenho - Manoel Messias Pereira

  O mito em desenho Desenhar um território é preciso observar os valores humanos pois cada um é um observatório pleno, bocas, língua, de olhos e  ouvidos juntamente com segredos e dedos vivendo todos os santos sentidos as vezes desflorados outras vezes emurchecidos alimentando a alma e o espirito consciente e consentido. Manoel Messias Pereira poeta São José do Rio Preto -SP. Brasil

Artigo - Povos Indígenas, memória e respeito - Manoel Messias Pereira

  Povos Indígenas, memória e respeito Eu ao longo do tempo, passei a organizar, o meu olhar sobre a realidade do meu Brasil. E observei que sou descendente dos povos africanos, que foram trazidos para cá, pelos invasores europeus e para trabalhar. Vieram os meus ancestrais como peças, galinhas, semoventes, para trabalhar e dar o suor de seus rostos num país que iniciava o sistema capitalista com o processo escravocrata, num contexto marginal em que havia atrocidades, violências impregnadas, por seres humanos de herança cultural europeia. E nesta terra, que os nativos sempre foram povos indígenas, cuja a data do dia 19 de abril é para lembrar disto, é para celebrar isto e para denunciar o que entendemos ser trágico, ser errado, mas essa denuncia não pode ser vazia, e sim concreta e com determinações de militâncias políticas. Na rede social, vi ontem dia 18 de abril de 2022, uma gravação de uma mulher indígena que reclamava dos garimpeiros, que invadiam suas terras usavam de hostilidades

Crônica - Dia da Mulher Moçambicana em luta e em luto - Manoel Messias Pereira

  Dia  da Mulher Moçambicana em luta e em luto. Hoje é o dia da Mulher moçambicana, uma data que remete a morte da jovem Josina Machel, falecida em 7 de abril de 1971, em Dar es Salaam na Tanzânia, acometida por uma enfermidade no fígado. Ela que nascera em 10 de agosto de 1954 em Inhambane- Moçambique com o nome de Josina Abiatha Muthemba, foi guerrilheira, ativista politica, feminista que lutou na Frente de Libertação pela Independência de Moçambique - Frelimo, tendo destacado -a como uma grande heroína, moça estudiosa e disciplinada que tens neste dia a celebração politica do "Dia Nacional da Mulher Moçambicana". Em Mueda, monumento a Jovina Machel E a sua história começa a ser desenhada quando ainda muito jovem com apenas 18 anos sai de Moçambique para seguir para a Tanzânia onde encontrariam com os camaradas da Frelimo, e assim começava a sua luta. Ela foi apoiada pela família, que em 1956 havia saído de Inhambane e se mudado para Lourenço Marques, para que ela pudesse f