Pular para o conteúdo principal

poesia - A escola da ilusão - Manoel Messias Pereira

 






A escola da ilusão


A minha escola
 está presa nesta sociedade
de prejuízo e consumo
eu remexo a terra
a espera de  transformar
a matéria-prima e por ela
também ser transformado
não tenho o sopro da vida
não tenho teoria pedagógica
não tenho aprofundado
os valores desta busca
estou no desamparo
e preciso desgarrar deste maldito
fruto do pecado
sou um bezerro adulto
mas ainda quero mamar,
o que aprendi de cada lição
é que não tenho proteção
mas essa minha escola
está presa nesta sociedade
que vende o lucro e consumo
mas o que compro é o prejuízo
eu giro eu grito
e remexo a terra
numa espera
de transformar
a matéria-prima
e também ser transformado
mas desta luta não vejo o produto.
E me sinto em desespero.


Manoel Messias Pereira
poeta
São José do Rio Preto -SP.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

poesia - O mito em desenho - Manoel Messias Pereira

  O mito em desenho Desenhar um território é preciso observar os valores humanos pois cada um é um observatório pleno, bocas, língua, de olhos e  ouvidos juntamente com segredos e dedos vivendo todos os santos sentidos as vezes desflorados outras vezes emurchecidos alimentando a alma e o espirito consciente e consentido. Manoel Messias Pereira poeta São José do Rio Preto -SP. Brasil

Artigo - Povos Indígenas, memória e respeito - Manoel Messias Pereira

  Povos Indígenas, memória e respeito Eu ao longo do tempo, passei a organizar, o meu olhar sobre a realidade do meu Brasil. E observei que sou descendente dos povos africanos, que foram trazidos para cá, pelos invasores europeus e para trabalhar. Vieram os meus ancestrais como peças, galinhas, semoventes, para trabalhar e dar o suor de seus rostos num país que iniciava o sistema capitalista com o processo escravocrata, num contexto marginal em que havia atrocidades, violências impregnadas, por seres humanos de herança cultural europeia. E nesta terra, que os nativos sempre foram povos indígenas, cuja a data do dia 19 de abril é para lembrar disto, é para celebrar isto e para denunciar o que entendemos ser trágico, ser errado, mas essa denuncia não pode ser vazia, e sim concreta e com determinações de militâncias políticas. Na rede social, vi ontem dia 18 de abril de 2022, uma gravação de uma mulher indígena que reclamava dos garimpeiros, que invadiam suas terras usavam de hostilidades

Crônica - Dia da Mulher Moçambicana em luta e em luto - Manoel Messias Pereira

  Dia  da Mulher Moçambicana em luta e em luto. Hoje é o dia da Mulher moçambicana, uma data que remete a morte da jovem Josina Machel, falecida em 7 de abril de 1971, em Dar es Salaam na Tanzânia, acometida por uma enfermidade no fígado. Ela que nascera em 10 de agosto de 1954 em Inhambane- Moçambique com o nome de Josina Abiatha Muthemba, foi guerrilheira, ativista politica, feminista que lutou na Frente de Libertação pela Independência de Moçambique - Frelimo, tendo destacado -a como uma grande heroína, moça estudiosa e disciplinada que tens neste dia a celebração politica do "Dia Nacional da Mulher Moçambicana". Em Mueda, monumento a Jovina Machel E a sua história começa a ser desenhada quando ainda muito jovem com apenas 18 anos sai de Moçambique para seguir para a Tanzânia onde encontrariam com os camaradas da Frelimo, e assim começava a sua luta. Ela foi apoiada pela família, que em 1956 havia saído de Inhambane e se mudado para Lourenço Marques, para que ela pudesse f