Entrevista da pré candidata a Presidência da Republica professora Sofia Manzano -PCB - Diário da Região
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ELEIÇÕES 2022
Pré-candidata à presidência, Sofia Manzano prega reestatização
Em entrevista ao Diário, a economista defendeu a legalização do aborto e criticou as alianças feitas pelo ex-presidente Lula (PT) na disputa deste ano
Marco Antonio dos Santos
A candidata à Presidência da República pelo PCB, Sofia Manzano, em entrevista ao Diário neste sábado (Guilherme Baffi 25/6/2022)
Barrar a privatização da Petrobrás e reestatizar a Eletrobrás. Estas são as duas principais bandeiras da economista Sofia Manzano, 51 anos, pré-candidata a presidente da República pelo PCB (Partido Comunista Brasileiro), que fez pré-campanha em Rio Preto neste sábado, 25.
"Vamos lutar para impedir a privatização da Petrobras e vamos reestatizar uma quantidade enorme de ações, que estão nas mãos da iniciativa privada. É por isso que impuseram uma política de preços de paridade com a cotação internacional”, diz a candidata ao criticar a atual politica de reajuste de preços dos combustíveis e do gás de cozinha.
Sofia diz que o tour pelo interior do Estado de São Paulo, que incluiu neste sábado Ribeirão Preto, é uma preparação para a convenção partidária de lançamento da chapa presidencial, prevista para julho. Por enquanto, não há nome para ocupar a vaga de vice na chapa do PCB.
Atualmente, o PCB é um dos poucos partidos de esquerda, como PSTU ( Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) e PCO (Partido da Causa Operária), que não vão integrar a coligação de Lula, porque os comunistas criticam as alianças feitas pelo ex-presidente.
"A coligação que está se construindo ao redor do ex-presidente Lula (em alguns estados) inclui partidos de esquerda e de centro esquerda, mas ampliou muito para partidos de direita, que representam a classe dominante, como o União Brasil que era o DEM, antigo Arena (partido governista durante dos governos militares). É importante derrotar Bolsonaro, mas apenas com essas forças políticas, como se vai melhorar as condições de vida do País?”, diz a pré-candidata.
Os comunistas não perdoam o petista também por escolher o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, recém filiado ao PSB (Partido Socialista Brasileiro) e antiga liderança do PSDB, como seu vice na chapa.
Sofia, Vera Lúcia (PSTU) e Simone Tebet (MDB) são as três mulheres que encabeçam chapas presidenciais nas eleições deste ano. A comunista defende o aumento da participação das mulheres na política, mas critica parte das eleitas nas ultimas duas eleições que, segundo ela, nem sempre defende pautas do movimento feminista.
A pré-candidata comunista é incisiva na defesa do direito da mulher ao aborto na rede pública de saúde do Brasil. E não só em casos de estupros ou de risco à vida da gestante, como determina a lei em vigor.
"Nós somos favoráveis à plena legalização do aborto, porque no Brasil, atualmente, há uma estimativa de que são feitos 1 milhão de procedimentos por ano. Mas, como o aborto é criminalizado, só as mulheres ricas fazem isso com apoio psicológico e com segurança, enquanto as mulheres pobres morrem tentando abortar ou se submetem a clinicas clandestinas”, diz a candidata.
Na visita a Rio Preto, Sôfia esteve acompanhada do professor de história Tito Belini, de Franca (SP), pré-candidato ao Senado Federal. O educador, que está em um partido com alguns poucos segundos de inserção na propaganda eleitoral, terá de enfrentar, por exemplo, nomes como o do apresentador José Luis Datenta (PSC), primeiro colocado nas ultimas pesquisas eleitor
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