A educação da ilusão ou ilusão da Educação
Sempre que temos oportunidade, vamos ler uma revista, um livro, ouvir uma música, encantar por natureza numa certa pauta do conhecimento. E recordo que li um texto do professor Antônio Vital Meneses de Souza em que ele falava da sociedade do conhecimento. E neste contexto dizia que só faz sentido isto se nós tivermos numa sociedade de aprendizagem.
E o verbo aprender é adquirir conhecimentos, adquirir habilidades, aprimorar-se. Num site dos educadores afirmam que o aprender é um processo de mudanças de comportamento, obtido através da experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais. Ou seja resultados de interações mentais e o meio ambiente.
Paulo Freire, dizia que não existe ensino sem aprendizagem, e tudo é um processo dialógico, enfim um intercâmbio constante.
E o professor Antônio Vital num texto sobre "Aprendizagem e o ensino na contemporaneidade, disse que uma das grandes preocupações que tem alimentado o cenário das pesquisas atuais em educação é a busco do entendimento sobre o papel do professor, à escola, as instituições de ensino e o processo de mediação do ensino e da formação humana."
E que estão configurando um novo discurso que fomentam as especialidades e no campo educacional todos tem postos nas competências e habilidades, e no ensino para a formação para o trabalho e ao exercício profissional dos professores.
E isto é a tal pedagogia de produção, num discurso de produtividade, numa lógica racionalista. E neste contexto a lógica do conceito sociológico do trabalho na qual o ser humano transforma a natureza o mundo material a partir de forças produtivas tendo em vista a socialização da produção e também se transforma torna -se uma questão necessária e ao mesmo tempo contraditória.
O que o professor deixa bem evidente que o trabalho na qual Karl Marx, nos trouxe, é o trabalho natureza do prazer do fazer e essa é a produção que enriquece o saber o conhecimento do professor e do aluno e isto é indispensável a vida, pelo menos entendo assim. Porém a contradição está na lógica do mercado que a o chamado bem privado.
E neste caso os espaço que deveria ser de aprendizagem esta sendo ocupado, como agencia que moldam seres humanos, onde deve haver melhorias econômicas para as empresas. Ou seja o professor vira um papagaio e o aluno uma peça, que a qualquer momento pode ser trocado, reposto, ou seja um mero parafuso sem nenhuma humanidade.
O desafio do professor é trazer tudo para uma questão paradoxal, enquanto seres humanos ricos e pobres vão se organizando em lacunas, alastrando-se a cultura do terror da criminalidade e da insegurança que predominam nossos dias.
Enquanto isto o currículo escolar é o frio é o vazio, mas essa é uma nova invenção de escola, apto para a empregabilidade enquanto existir um tipo de trabalho que muda com muita rapidez e esse profissional que saiu da escola, perdeu tempo precioso desconhecendo o processo da lógica capitalista, vai ter que completar-se de tratamento psiquiátrico.
Enfim conhecimento, aprendizagem implica em processo d assimilação, relação de aplicação de conceitos, conteúdos e princípios, de um atividade que se processa as articulações possíveis dos sentidos dos elementos que foram propostos. A aprendizagem tem as suas variantes práticas, teóricas e vivencial.
Algum tempo antes desta proposta ser totalmente estabelecida nos ambientes escolar do Estado lembro que um jornal da grande imprensa trouxe que ninguém mais aprenderia e sim seria treinado, amestrado. Eu achei estranho e pensei é aos poucos perderemos a nossa humanidade, e assim talvez sejamos monstros. Mas será esse o papel da educação. Duvido.
Porém a pergunta que fica é que o professor não percebem que eles serão tão excluídos, quanto os trabalhadores. Porém em tempo de fome, quem pode roer uns farelos de pão pode satisfazer-se e temporariamente se fazer de feliz. Embora toda a beleza da bolha de sabão é apenas ilusória.
Manoel Messias Pereira
professor aposentado
São José do Rio Preto -SP. Brasil
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