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Crônica - Os 74 anos do Plani de Partilha da Palestina - Manoel Messias Pereira.

 



Os 74 anos do Plano de Partilha da Palestina



O dia 29 de novembro de 1947, na Assembleia Geral das Nações Unidas - ONU, aconteceu o Plano de Partilha da Palestina, por meio da Resolução 181. Essa decisão propôs a criação de dois Estados um árabe e outro judeu. 

A partir daquele momento os sionistas começaram a ocupar terras. E tomaram de assalto dezenas de aldeias que deveriam ser parte do Estado árabes. E uma delas, Deir Yassin, passou a ser  um triste símbolo. Os 254 habitantes  dessa aldeia pacífica foram  cruelmente assassinados entre os quais crianças, homens mulheres e pessoas idosas. E muitos foram atirados em poços pelos sionistas, mas não conseguiram esconder as marcas deste crime monstruoso. Assim como não conseguiram a horrorosa verdade sobre o massacre de Yalta, as atrocidades em Jerusalém, as destruição em Bidu  e Beid Surik. E o que restou de diversas aldeias ocupadas por israelenses, que foram protagonistas de fuga horrorizados com os atos dos sionistas.

O sionismo é uma ideologia nacional-chovinista e racista e condenada pela Organização das Nações Unidas. E assemelha muito as práticas nazi-fascista e ao Apartheid. Aparentemente os líderes judeus condenaram Hitler e Mussolini, mas de fato não faltam documentos para provar que cooperavam com os nazistas do mesmo modo que hoje os Estados Unidos da América e  Israel financiam as ações contra os palestinos e também o terror do Estado Islâmico. E forma o principal aliado da África do Sul do apartheid. É um movimento político, oficialmente fundado pelo Primeiro Congresso Sionista na Suiça, em 1897. O fundador foi Theodor Herz. E o movimento pedia o restabelecimento de um Estado Judeu, de preferência na Palestina, alinhando a todos os movimentos colonialistas da Europa e aliado a eles, ignoram de que a Palestina já estava habitada por outro povo com uma velha e rica civilização.

Os árabes como legítimos donos da terra lutaram duramente contra essa divisão. E as Nações Unidas e seus membros foram  objeto  de intensas pressões sionistas e estado-unidense. A resolução foi adotada por uma votação de 33 contra 13, com 10 abstenções.

Na oportunidade James Forrestal, então secretário de Defesa dos Estados Unidos, escreveu "Os métodos que foram empregados.. .com coesão e compulsão a outras nações na assembleia Geral aproximava-se do escândalo".

Porém em 14 de março de 1938,tivemos a proclamação do Estado de Israel inclusive compreendendo os territórios árabes ocupados adicionalmente.

A área designada para o Estado Israel era de princípio 56% do país, incluía 272 cidades árabes e 193 cidades judaicas. A área do Estado árabe era de 42% do país. Incluía 552 cidades árabes e 22 judaicas.

A cidade de Jerusalém e área ao seu redor, incluindo Belém, foram postas de lado como uma zona internacional para ficar sob a jurisdição das Nações Unidas. E Jerusalém é um símbolo sagrado para os adeptos do cristianismo, do judaísmo e do islamismo.

Até 1949 Israel tinha ocupado 78% de toda a Palestina deixando unicamente a margem ocidental e a faixa de Gaza nas mãos dos árabes.

Os representantes sionista a miúde têm   argüido que ao abandonar a Palestina tinham perdido seu direito de regressar. Esse argumento vai contra todas as normas da lei internacional, incluindo a Convenção de Genebra, que mantém o direito de todos os civis que escapam de uma área em conflito, de regressar a suas casas e propriedades. Sem dúvida, para os propagandistas sionistas que espalham a mentiras de que a Palestina era uma terra sem povo, para um povo sem terra, foi-lhes necessário recorrer à violência e ao engano para evacuar a gente da  sua terra. Também espalharam a mentira de que os líderes árabes tinham dado instruções aos palestinos para que saíssem. O fato é que os sionistas tem se mostrado incapazes de provar  esse argumento mitológico, enquanto que seus atos de violência assim como suas próprias declarações provam sua intenção de provocar a evacuação da terra de sua população.

Hoje sabemos que em Israel árabes e judeus reivindicam um antepassados comum, a figura bíblica de Abraão seu monoteísmo originária da mesma fonte. mas há caminhos diferentes pelo mundo. Os judeus dispersos pelo mundo embora mantendo a suas tradições comunitária, adquiriram  usos, costumes, técnicas e ciências do mundo e em 1948 foi o retorno do território que foram expulsos a quase dois mil anos e sua chegada e ocupação após ter uma Segunda Guerra que caçou judeus em todos os lugares para alimentar o Holocausto. Israel foi reconhecido como Estado. E a Palestina luta até hoje por esse reconhecimento no mundo enquanto isto. Na ONU a Palestina é um Estado observador.

A Palestina deseja o reconhecimento como Pátria, livre soberana, independente em que todos os descendentes dos antigos filisteus, cananeus e outros árabes possam compartilhar de sua língua, sua fé na cultura palestina. E a  partilha da ONU foi muito importante, pois agora é lutar pelo reconhecimento em todo mundo. O que necessitamos todos é pensar a Paz como a principal bandeira e o pleno respeito o que está faltando, para por fim a um conflito ridículo, monstruoso que põe em dúvida a insanidade de todos os envolvidos.



Manoel Messias Pereira


professor de História

cronista e poeta

Membro da Academia de Letras do Brasil -ALB

São José do Rio Preto- SP. Brasil



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