Que todos possam mover-se pelo amor
Vivemos num mundo em que existe mais desamor, mais desencanto, mais horror, golpes de Estados , terrorismos, homens armados, civis e militares, matando, matando. Outros seres humanos, anunciados ou não, fazendo uso do sistema capitalista que é o sistema da desigualdade, da desgraça, da violência do racismo. Dos lucros fáceis, dos conglomerados que fazem todos de seres escravizados. São eles que determinam o olhar político sobre o mundo. São eles que detém o poder dos preços, da gasolina, do óleo diesel, dos alimentos. São eles que determinam quem será o presidente, o governador, o prefeito, o vereador, os deputados e os senadores. São eles que determinam o grau de tristeza que vai brotar, nos olhos das crianças, que vai matar as esperanças nos olhos das mães, que as vezes rezam e choram, pensando num outro amanhã, como se tudo fosse mágico como os raios do sol. Mas o amanhã não virá.
É exatamente esse mundo que vivenciamos, e temos que suportar ou amenizar, e guardamos em nós um sonho, uma esperança, uma palavra poética provindo dos mestres da poesia, principalmente que nos traga sempre e reluzente a palavra "Amor", seja ela cantada, tocada ou falada em forma de arte.
Recordo dois grandes nomes da literatura brasileira que sempre admirei desde a minha infância, foi Paulo Leminski e Vinícius de Moraes e que fizeram-me desenvolver uma linha de raciocínio, critico, em relação ao sistema politico, mas também para um desenrolar poético.
Leminski, escritor, jornalista, critico literário, tradutor, violonista e poeta. Um dos mais expressivos de minha geração nascido em 24 de agosto de 1944 em Curitiba e falecido em 7 de junho de 1989. Sua poesia faz um trocadilho, que encanta. Um afro descendente, polonês, chamado carinhosamente no Brasil de polaco.
Lembro inicialmente dele participando do chamado "Jornal de Vanguarda", que foi criado para a TV Excelsior em 1963, por Fernando Barbosa Lima, uma obra prima na arte de comunicar e bem informar, que superou o grande jornal da BBC de Londres. Porém no Brasil em 1968 foi calado, graças ao Ato Institucional n.5 de 13 de dezembro de 1968. E acabou sendo reeditado pela Tv Bandeirantes em 1988, um programa que vi apresentado pela Dóris Giesse, um encanto. Porém de Leminski, trago sempre em mim a sua poesia publicada pela Editora brasiliense, no livro "La Vie en close", chamada "Amor Bastante"
Amor Bastante
basta um instante
e você tem amor bastante."
Já em relação a Vinicius de Moraes o poetinha do amor, nascido no Rio de Janeiro em 19 de outubro de 1913 e falecido no Rio de janeiro em 9 de julho de 1980, devido a um edema pulmonar. Comecei a gostar deste autor, que era também jornalista, foi bacharel de direito, diplomata em Paris, tocava violão, escrevia em jornal. E ouvia as suas músicas todos os dias a noite quando estava, lendo, refletindo fazendo exercícios escolares enquanto era apenas um aluno, ou seja uma palavra que vem do latim alêre, o difícil é fazer o computador que não está programado para colocar o til na palavra alere fazer isto, fica com um acento circunflexo, ou seja muda a palavra, mas vocês me entende, é aqui do qual compreende a ideia de conhecer alimentar, fortalecer, de buscar a luz da sabedoria, porém num programa de Rádio da minha cidade, chamado "Roberto de Souza o Dono da noite" um programa que foi apresentado pela Radio Independência, Brasil Novo, a antiga Piratininga, ou Radio Rio Preto entre outras e que marcou gerações. Ouvi a assim a Serenata do Adeus. E logo pela manhã essa canção começava o dia comigo. "Ah vontade de ficar mas tendo de ir embora aí que amar e se morrer pela vida afora é refletir na lágrima o momento breve de uma estrela cujo a luz morreu." Porém o que destaco é o poema "Soneto do maior Amor" que foi publicado na sua antologia poética da Editora Schwarcz, da Cia das letras.
"Soneto do Maior Amor
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